MLS - EDUCATIONAL RESEARCHhttp://mlsjournals.com/Educational-Research-JournalISSN: 2603-5820 |
Como citar este artículo:
Claudio Scavassa, A. & Santos e Campos, M. A (2022). Avaliação do índice de satisfação dos professores participantes do curso educação empreendedora: jovens empreendedores. Primeiros passos do Sebrae, em escolas públicas do estado de Rondônia. MLS Educational Research, 6(1), 21-41. doi: 10.29314/mlser.v6i1.471.
AVALIAÇÃO DO ÍNDICE DE SATISFAÇÃO DOS PROFESSORES PARTICIPANTES DO CURSO EDUCAÇÃO EMPREENDEDORA: JOVENS EMPREENDEDORES. PRIMEIROS PASSOS DO SEBRAE EM ESCOLAS PÚBLICAS DO ESTADO DE RONDÔNIA
Aparecido Claudio Scavassa
Universidad Internacional Iberoamericana (Brasil)
claudioscavassa@gmail.com · https://orcid.org/https://orcid.org/0000-0002-7569-8285
Maria Aparecida Santos e Campos
Universidad Internacional Iberoamericana (Brasil)
mariaaparecidasantosecampos@gmail.com · https://orcid.org/https://orcid.org/0000-0001-7190-5438
Resumo: As mudanças sociais ocorrem cotidianamente, a cultura, os costumes, as formas de interpretar, ver e analisar estão em constante transformação para acompanhar os novos modelos que se refletem dentro das escolas. O Empreendedorismo de acordo com o Sebrae (2018, p. 3), pode ser um grande aliado na educação, contribuindo para o desenvolvimento da localidade e da cultura empreendedora na região e estimulando nos alunos a formação de agentes transformadores da sociedade. Este artigo tem como objetivo analisar o índice de satisfação da educação empreendedora em professores do ensino fundamental, por meio do programa Jovens Empreendedores-Primeiros Passos, quanto a aplicação prática do programa com os alunos envolvidos no projeto. Trata-se de uma pesquisa, quali-quantitativa descritiva, com pesquisa de campo, cuja amostra foi composta por 245 professores de 06 cidades do estado de Rondônia. Os resultados pautaram-se na demonstração que os professores e alunos envolvidos no projeto, apresentaram algumas características empreendedoras, além da manifestação de espírito empreendedor. Com relação a Metodologia destaca-se que a introdução das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) alterou significativamente a dinâmica nas salas de aula de modelos analógicos, já que os alunos estão no modelo digital. O curso teve um efeito positivo nos professores e nos alunos que continuam a demonstrar o espírito empreendedor. Com relação a integração das tecnologias digitais nas atividades pedagógicas, pode-se utilizar o blended learning ou ensino híbrido. Neste modelo, as atividades são divididas entre presenciais em sala de aula e ensino que utilizam recursos online com ensino à distância.
Palavras chave: Formação de professores, aprendizagem, investigação, Ciências Sociais, ambiente sociocultural
EVALUACÍON DEL ÍNDICE DE SATISFACION DE LOS PROFESSORES PARTICIPANTES DEL CURSO EDUCACIÓN EMPRENDEDORA: JÓVENES EMPRENDEDORES. PRIMEROS PASOS DE SEBRAE EN ESCUELAS PÚBLICAS DEL ESTADO DE RONDÔNIA
Resumen: Los cambios sociales ocurren cotidianamente, la cultura, las costumbres, las formas de interpretar, ver y analizar se transforman para acompañar los nuevos modelos que se reflejan dentro de las escuelas.El espíritu empresarial de acuerdo con el Sebrae (2018, p. 3), puede ser un gran aliado en la educación, contribuyendo al desarrollo de la localidad y la cultura emprendedora en la región ademas de estimular en los alumnos la formación de agentes transformadores de la sociedad. Este artículo tiene como objetivo analizar el indice de satisfación de la educación enprendedora en profesores de la enseñanza primaria, a través del programa Jóvenes Empreendedores-Primeiros Passos, respecto a la aplicación práctica del programa con os alumnos envolucrados en el proyecto. Tratase de un estudio cualitativo descriptivo, con trabajo de campos. La amuestra fue compuesta por 245 profesores de 06 ciudades del estado de Rondônia. Los resultados se orientaron en la demostración que los profesores y alumnos involucrados en el proyecto, presentaron algunas características emprendedoras, además de la manifestación de espíritu emprendedor. Con relación a Metodologías se destaca que con la introducción de las tecnologías digitales de información y comunicación (TDIC) ha cambiado significativamente en la dinámica en las aulas de modelos analógicos, ya que los alumnos están en el modelo digital. El curso ha tenido un efecto positivo en profesores y alumnos que siguen demostrando el espíritu emprendedor.Con relación a la integración de las tecnologías digitales en las actividades pedagógicas, se puede utilizar el Blended Learning o enseñanza híbrida. En este modelo, las actividades se dividen entre actividades presenciales en aula y enseñanza que utilizan recursos online con actividades de enseñanza a distancia.
Palabras clave: Formación de profesores, aprendizaje, investigación, Ciencias Sociales, ambiente sociocultural
EVALUATION OF THE SATISFACTION INDEX OF TEACHERS PARTICIPATING IN THE ENTREPRENEURIAL EDUCATION COURSE: YOUNG ENTREPRENEURS. FIRST STEPS OF SEBRAE IN PUBLIC SCHOOLS OF THE STATE OF RONDÔNIA
Abstract: At every moment, society changes its culture, its customs, its ways of interpreting, seeing and analyzing, and these transformations are also present in schools. Entrepreneurship according to Sebrae (2018, p. 3), can be a great ally in education, contributing to the development of the locality and entrepreneurial culture in the region and stimulating in students the formation of transforming agents of society.This article aims to analyze the index of satisfaction of entrepreneurial education in elementary school teachers, through the program Young Entrepreneurs-First Steps, regarding the practical application of the program with the students involved in the project. This is a qualitative descriptive survey, with field research, whose sample was composed of 245 teachers from 06 cities in the state of Rondônia.The results were based on the demonstration that the teachers and students involved in the project presented some entrepreneurial characteristics, in addition to the manifestation of entrepreneurial spirit. Regarding Methodologies, it should be noted that with the introduction of digital information and communication technologies (TDIC), it has significantly changed the dynamics in the classroom of analog models, since students are in the digital model. The course has had a positive effect on teachers and students who continue to demonstrate entrepreneurial spirit. Related With the integration of digital technologies in pedagogical activities, we can use Blended Learning or hybrid teaching. In this model, the activities are divided between classroom activities and teaching that use online resources with distance learning activities.
Keywords: Teacher training, learning, investigation, Social Sciences, sociocultural environment
Introdução
Empreendedorismo: A sociedade, em constante movimento, modifica-se cotidianamente e a cultura, os costumes, as formas de interpretar, ver e analisar sofrem transformações para acompanhar os novos modelos. Para Scavassa e Santos e Campos (2018, p. 91) mudanças sociais, econômicas e culturais no mundo, indicam a chegada de novos paradigmas de consumo, de comportamentos e direcionamento tanto no campo cultural como socioeconômico. Portanto, é necessário levar à juventude a conhecer e experimentar experiências de forma que estejam preparadas para os tempos vindouros e que produzam bons frutos no sentido de expansão dos conhecimentos e da criação de oportunidades que lhes permitam triunfar.
Nesse sentido o ensino do empreendedorismo vem dar um suporte a esses futuros profissionais. Assim, conhecer o significado de empreender é começar a pensar em ser diferente. Empreendedorismo de acordo com o Sebrae (2018, p. 3), pode ser um grande aliado na educação, contribuindo para o desenvolvimento da localidade e da cultura empreendedora na região e estimulando a formação de agentes transformadores da sociedade. Segundo Zunini (Exame PME, 2016, p. 3) as crianças norte americanas começam a aprender as primeiras noções de empreendedorismo desde muito jovem desenvolvendo o espírito empreendedor desde a mais tenra idade.
Nas escolas, o ensino do empreendedorismo assume um aspecto desafiante ao levar o aluno a querer aprender novas competências, que lhe ofereça ferramentas para a aquisição, transferência e acúmulo dos novos saberes e habilidades. Scavassa & Santos e Campos (2018, p.93) observam que, mesmo em regiões de extrema pobreza, a Educação Empreendedora pode ter um efeito positivo na população, trazendo desenvolvimento e geração de uma nova mentalidade, bem como a criação de novos negócios.
Empreender pode ser descrito como uma capacidade para projetar e ver mais além. Segundo Houaiss (2009, p.252) é a habilidade ou capacidade que uma pessoa possui para projetar, gerenciar e desenvolver atividades, projetos ou negócios. McClelland (1968 p. 232) em seu discurso explica que é necessário resgatar a figura do empreendedor que assume riscos. Pois ser uma pessoa empreendedora é ter a capacidade de tomar iniciativas próprias, ser possuidor de uma imaginação fértil no sentido de criar novos modelos, adaptá-los e transformá-los em empreendimentos ou negócios. Drucker (2016, p. 87) analisa o empreendedorismo sob o prisma do management que defende a ideia da Administração por Objetivos, fornecendo aos empreendedores lições ao afirmar que os objetivos precisam ser claramente definidos.
O termo “empreendedor” de acordo com Cerqueira, Santos, Leite, & Fonseca (2014), é de origem francesa – “entrepreneur” – e se refere àquele que assume riscos e começa algo novo. Apesar da simplicidade, este é um bom começo para o entendimento de quem pode ser considerado um empreendedor (Dornelas, 2012)
Educação Empreendedora
Segundo da Silva (2018, p. 121), diversos autores, como Emmendoerfer, 2000; Santos, 2013; Lopes, 2010; Lima, 2008, afirmam que o empreendedorismo não é uma habilidade genuinamente nata, mas suscita a partir do indivíduo que desenvolve essa característica, de acordo com o meio em que vive, a partir da educação recebida e de suas experiências ao longo da vida . Mcclelland (1972) apud Silva (2018, p. 121) debruçado em marcante estudo acerca do perfil empreendedor, David McClelland atribuiu forte peso às questões culturais ao associar os contos infantis ao potencial empreendedor norte-americano
Para Moreira Tavares, Luiz de Moura, Nunes Alves (2013) não é só nos USA que a educação empreendedora vem se desenvolvendo, mas também na Europa, Ásia, Austrália e Nova Zelândia, onde tem gerado crescimento, inovação, desenvolvimento econômico. No Brasil, entretanto, este estudo encontra-se no início, e assim é importante repensar a educação brasileira tendo em vista a disseminação da cultura empreendedora.
Na educação, um aspecto importante a ser considerado são as ferramentas e a forma de ensinar o empreendedorismo dentro da escola. Portanto, segundo Nazareth, Souza, Leite, Coqueiro (2016), a educação empreendedora visa a formação diferenciada para o indivíduo, em que serão estimulados o espírito inovador, criativo e proativo, preparando a pessoa para um adequado desenvolvimento profissional e pessoal.
Segundo Lopes (2010), os objetivos da educação empreendedora são os seguintes:
Como se pode observar, quem trabalha com educação empreendedora precisa estar consciente de seu papel, lembrando que não basta ensinar sobre empreendedorismo, mas, é preciso que seus alunos aprendam a comportar-se de forma empreendedora, tendo foco no indivíduo, pois por meio da demonstração de tais comportamentos, se aprende a focar em um projeto ou negócio.
Nazareth, Souza, Leite, Coqueiro (2016) discutem que a ideia da educação empreendedora estar relacionada à criação de novos negócios é errônea, pois esse tipo de educação visa melhorar as pessoas como seres humanos, fortalecendo e desenvolvendo habilidades, atitudes, criatividade e gerando novos conhecimentos. Isso permite ao indivíduo desenvolver seu potencial e agir adequadamente, aproveitando as oportunidades que surgem. Por outro lado, as ferramentas usadas para o ensino do empreendedorismo na escola são atividades práticas, interativas e construtivas, ou seja, o aluno aprende fazendo.
Importante destacar a visão da Comunidade Europeia (CE) que vem enfatizando a importância da educação empreendedora desde 2003, pois entende que o empreendedorismo é a base para o desenvolvimento social e econômico dos países, especialmente em tempos de novas tecnologias, onde a mão de obra está sendo substituída pela máquina.
Conforme Lopes (2017), “quanto mais cedo a educação for oferecida, melhor, pois, no ensino fundamental é que se forma a mentalidade empreendedora, e, no nível superior, o principal objetivo da EE seria o de desenvolver as habilidades empreendedoras (EUROPEAN COMISSION, 2012, p. 44)”.
Ibidem Lopes (2017), pelo menos um dos seguintes elementos deve constar na educação para que ela seja considerada empreendedora:
1. Estimular atitudes e habilidades como iniciativa, criatividade, assumir risco, independência, autoconfiança, planejar para atingir objetivos, dentre outras, que são básicas da mentalidade ou comportamento empreendedor.
2. Ampliar a consciência dos alunos sobre as possibilidades de carreira como autônomos (autoemprego) e empreendedor.
3. Utilizar metodologias práticas em que os alunos se engajem em projetos ou atividades, fora dos limites da instituição de ensino, vinculando-os com a comunidade local ou o mundo dos negócios.
4. Desenvolver habilidades básicas de negócios, conhecimentos sobre como abrir e desenvolver atividades comerciais ou sociais e instrumentalizar os alunos para criar o próprio emprego ou autogerirem.
Importante destacar que é necessário se levantar um debate sobre qual seria o melhor perfil do professor, qual seria a condição a condição que permita o ensino do empreenderismo de qualidade. Muitos autores defendem a ideia de que o professor que teve ou tem a experiência de empreender está em melhores condições para falar sobre o tema. No entanto, isso não deve ser um obstáculo, pois caso não seja ou tenha sido empreendedor, pode buscar uma aproximação com empreendedores, leitura de biografias de empreendedores de sucesso, como venceram possíveis obstáculos, aprendendo com eles e usando tais informações como recursos em suas atividades pedagógicas.
Contudo, para Christian Henrique, Kindl da Cunha (2008) a prática didático pedagógica para o tema exige adequação dos conteúdos e métodos apropriados para atingir os objetivos, pois os métodos comuns de transmissão de conhecimentos do ensino tradicional não conseguem atingir os objetivos, já que as características da formação empreendedora exige que o aluno aprenda a compreender o mundo, por meio de comunicação e colaboração diante de contextos competitivos, raciocinando de forma criativa para a resolução de problemas.
A educação e cultura empreendedora das escolas públicas de ensino fundamental no estado de Rondônia
De acordo com Oliveira (2001), o primeiro passo dado pelos portugueses para a conquista dos territórios da Amazônia, foi a fundação do Forte do Presépio, núcleo da futura cidade de Santa Maria de Belém do Grão-Pará, atualmente Belém do Pará, em 1616. Belém transforma-se, em passagem obrigatória para todo o interior da Amazônia, sendo que pela Carta Régia de 1693, a Amazônia Portuguesa foi dividida em áreas de atuação catequética das diversas ordens e congregações religiosas católicas. Coube aos jesuítas a catequese do distrito sul do Rio Amazonas, incluindo os vales do Madeira, Mamoré e Guaporé.
Entre 1723 e 1728, o padre João Sampayo funda a aldeia de Santo Antônio, na primeira das cacheiras do Madeira (Cachoeira de Santo Antônio), sendo a primeira povoação na margem direita do Rio Madeira, o que viria ser conhecida futuramente como Porto Velho, capital do futuro estado de Rondônia.
Rondônia viveu diversos ciclos, sendo o primeiro ciclo da borracha proveniente da demanda do látex em decorrência da Segunda Guerra Mundial, existindo o tratado de Washington em 1942, cujo objetivo era organizar a produção do látex em terras brasileiras. Com o final da Segunda Guerra Mundial em 1945, os Estados Unidos da América, principal comprador do látex do Brasil, reduziram drasticamente a demanda, concentrando suas demandas nos seringais da Malásia.
Depois viveu o ciclo da Estrada de Ferro Madeira Mamoré, que, como parte da negociação com a Bolívia, que não possuía saídas para o mar, deveria escoar sua produção através da estrada de ferro, partindo de Guajará Mirim, chegando em Porto Velho e descendo pela hidrovia do Rio Madeira. Com a construção da rodovia BR-364, no trecho entre Porto Velho e Abunã, e a rodovia BR-425, no trecho entre Abunã e Guajará Mirim, a partir de 10 de julho de 1972, as locomotivas deixaram de ressoar seus apitos que, a partir de então, nunca mais foram ouvidos.
Viveu-se um novo ciclo do garimpo, inicialmente de cassiterita e depois do ouro, sendo que a cassiterita (base do estanho) teve grande baixa no mercado internacional devido a substituição das latas de folhas de flandres pelo alumínio, produto facilmente reciclável e de baixo peso. O ouro, por ter uma exploração depredatória, não ser renovável, encerrou rapidamente seu ciclo, deixando um rastro de devastação ambiental e pobreza, para a grande maioria das pessoas.
As cidades do interior, após sua transformação em estado no ano de 1982, passaram a se concentrar no campo agrícola, especialmente na produção de café, com famílias provenientes dos estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio Grande do Sul.
Na capital Porto Velho, temos o que se chama ‘economia do contracheque’, tendo em vista o grande número de funcionários públicos, federal, estadual e municipal,
Não se deu grande importância nas questões relacionadas com empreendedorismo ou educação empreendedora, pois, sendo um estado com terras com boa produção agrícola e favoráveis, pela grande quantidade de chuvas, clima ameno e ausências de intempéries, trouxe grande número de migrantes que na esperança de terras boas e baratas, podiam plantar e viver da renda de sua produção.
Verificou-se que devido ao distanciamento dos grandes centros, questões de logística e alto custo dos transportes, o estado precisava desenvolver o espírito empreendedor. Dessa forma, a educação empreendedora proposta pelo Sebrae para o Ensino Fundamental incentiva os alunos a buscar o autoconhecimento, novas aprendizagens, além do espírito de coletividade.
De acordo com Lopes (2017, p. 50),
A ideia é que a educação deve atuar como transformadora desse sujeito e incentivá-lo à quebra de paradigmas e ao desenvolvimento das habilidades e dos comportamentos empreendedores.
O curso para essa etapa da Educação Básica é o Jovens Empreendedores - Primeiros Passos – JEPP, destinado a fomentar a educação e a cultura empreendedora. O curso procura apresentar práticas de aprendizagem, considerando a autonomia do aluno para aprender, além de favorecer o desenvolvimento de atributos e atitudes, necessários para a gestão da própria vida.
Essa visão vai ao encontro dos quatro pilares da educação propostos pela Unesco:
Dessa forma, o curso, aliado a um ambiente propício à aprendizagem, favorece o envolvimento dos jovens estudantes no próprio ato de fazer, pensar e aprender. Essas são características fundamentais dos comportamentos empreendedores, nos quais o estudante e o grupo em que está inserido reconhecem que suas contribuições são importantes e valorizadas.
Com a proposta pedagógica do JEPP, para cada ano do ensino fundamental, por meio de atividades lúdicas, o ambiente da aprendizagem sensibiliza os estudantes a assumirem riscos calculados, a tomarem decisões e a terem um olhar observador para que possam identificar, ao seu redor, oportunidades de inovações, mesmo em situações desafiadoras.
O curso Jovens Empreendedores – Primeiros Passos, idealizado e conduzido pelo SEBRAE, tem por objetivo promover a cultura empreendedora com crianças e jovens, desde o primeiro período do ensino fundamental. Nas instituições educacionais, o desenvolvimento da cultura empreendedora no Ensino Fundamental visa estimular nos alunos comportamentos próprios de quem não espera e faz acontecer, atitudes daqueles que são capazes de buscar oportunidades ao seu redor, sem esperar que essas lhes batam à porta, mediante a promoção do protagonismo infanto-juvenil. Dessa forma, objetiva desenvolver no aluno a autoestima, a segurança, o planejamento de ações, o trabalho em equipe, a experimentação como importante estratégia de aprendizagem, além de compreensão de que a educação deve ser para toda a vida.
Conforme Martins (2010, p. 16):
O Programa Educação Empreendedora objetiva conduzir o aluno, desde o ensino fundamental até ao ensino superior, ao conhecimento dos conceitos de empreendedorismo, conforme nos mostra a Figura 1:
Figura 1. aplicação da Educação Empreendedora nos Diversos Níveis Escolares
Nota: Fonte: Sebrae (2017)
De acordo com Sebrae (2017, p. 6), tem-se como objetivo que esse aluno experimente o empreendedorismo na instituição escolar, desenvolva suas habilidades, comportamentos e atitudes e utilize-as para a sua vida (pessoal e profissional) atual e futura.
De acordo com Sebrae (2017, p, 14-15), nota-se que o curso Jovens Empreendedores – Primeiros Passos (JEPP) é composto por 9 (nove) cursos independentes, sendo um para cada ano do ensino fundamental. O curso conta com um total de 235 horas, sendo sua carga horária anual dividida, em 10 a 15 encontros, que variam de 2h a 2h30min cada.
O curso JEPP é desenvolvido a partir de temas, um para cada ano do ensino fundamental. A partir de histórias, os estudantes são instigados a desenvolver o comportamento empreendedor e a vivenciar as etapas de um plano de negócios. O conteúdo é abordado por meio de oficinas que trabalham na perspectiva da sustentabilidade ambiental e social; incentivando a utilização consciente dos recursos naturais; ressaltando a viabilidade econômico-financeira e social do material reciclado; estimulando a criatividade na resolução de problemas, o autoconhecimento e a importância da empatia e da percepção do outro, para uma convivência social produtiva, saudável e feliz.
Metodologia
Esta é uma investigação quali-quantitativa, onde a quantificação dos dados permite um enfoque específico e o aspecto quantitativo possibilitou gerar resultados e o controle dos fenômenos. O enfoque qualitativo permite interpretar e contextualizar os resultados de forma mais abrangente, a partir de um ponto de vista holístico. A investigação foi realizada durante 18 (dezoito) meses abrangendo 7 (sete) escolas públicas do ensino fundamental e todo o processo teve acompanhamento das Secretarias Municipais de Educação, com assessoria do SEBRAE.
Nas amostras, participaram da investigação 245 professores do ensino fundamental, de 7 (sete) escolas públicas do estado de Rondônia, Brasil, distribuídos nas cidades, objeto do estudo, entrevistados no Período de 01/10/2019 a 15/02/2020, conforme se pode observar na Figura 2.
Figura 2. Quantidade de Professores Entrevistados por Município
Participaram do curso e das entrevistas 245 professores do ensino fundamental de escolas públicas, de 06 cidades do estado de Rondônia, sendo que o município com maior participação dos professores foi Vilhena (55), seguido por Porto Velho com 48 participantes.
Instrumentos de avaliações
A análise de dados
A análise de dados foi feita com tabulação das pesquisas em planilha Excel, desenvolvida exclusivamente para tal atividade. Para as questões fechadas, utilizou-se a escala LIKERT, em que os respondentes expressaram seu nível de satisfação com projeto.
Cada escola produz um relatório abrangente sobre a adesão e o resultado do projeto, sendo que tais informações são enviadas para a secretaria municipal de educação, já que a adesão parte da prefeitura de cada município.
O SEBRAE entra com toda estrutura pedagógica fornecendo material e instrutores, e, a prefeitura juntamente com a secretaria municipal de educação, cuida da parte logística, que envolve o deslocamento, hospedagem e alimentação dos professores que moram fora do município, bem como, por meio de uma palestra de sensibilização, mobilizar os diretores, supervisores e professores para que participem do projeto.
A tabulação dos questionários para as questões fechadas que avaliam o nível de satisfação, foi feita por meio de planilha Excel, com a média simples das respostas, sem atribuição de peso.
A segunda questão tinha como objetivo conhecer o percentual de professores divididos em suas respectivas séries, dentro do Ensino Fundamental, conforme se observa na Figura 3.
Figura 3. Porcentagem de professores por série
Observou-se que a maioria dos professores entrevistados estão no quarto, quinto, sexto e sétimo ano. Como no Brasil, temos uma divisão entre fundamental anos iniciais (1º. ao 5º. ano) e Fundamental anos finais (6º. ao 9º. ano), temos uma baixa participação dos professores dos anos iniciais.
Critério de Inclusão: Com referência à adesão da Escola, o critério de escolha foi sempre voluntário dos gestores escolares, com a assinatura do respectivo termo de compromisso. Para os alunos, o critério foi ser aluno da escola que aderiu ao projeto e estar cursando as séries incluídas na adesão, que abrangem as séries do Ensino Fundamental.
Critério de exclusão: Não ser aluno da escola que aderiu ao projeto e nem cursaram anos incluídos na adesão.
Resultados
A terceira questão da pesquisa tinha como objetivo verificar se a capacitação oferecida tinha propiciado aos professores melhores condições para desenvolver competências empreendedoras nos alunos, conforme Figura 4.
Figura 4. Os professores e o desenvolvimento das competências empreendedoras nos alunos
Diante da questão sobre o curso de capacitação para professores, 92% dos professores participantes consideram importante a realização de cursos de formação, pois auxiliam no desenvolvimento das competências empreendedoras dos alunos, 6% consideram parcialmente importante e 2% consideram que o curso não contribui para a capacitação de professores formadores de alunos empreendedores. De acordo com Rocha, Silva, Simões (2012) o empreendedorismo pode e deve ser ensinado, e estimulado. Algumas instituições públicas, percebendo a importância do tema, tem colocado à disposição das escolas programas e atividades ligadas ao ensino do empreendedorismo, onde é importante o aprender e o fazer, utilizando-se da imaginação, criatividade e inovação.
A questão seguinte tinha por objetivo saber se após a participação dos alunos no curso, eles continuavam com predisposição para o trabalho coletivo com objetivos comuns, conforme Figura 5.
Figura 5. Os alunos que participaram do curso seguem apresentando predisposição para o trabalho coletivo com objetivos comuns?
Quanto a propiciar melhores condições no desenvolvimento das competências empreendedoras dos alunos 89% dos professores consideram que o curso Jovens Empreendedores primeiros passos contribuiu para o desenvolvimento dessas competências tendo predisposição para realizarem trabalhos coletivos visando objetivos comuns ao grupo, 8% dos professores concordam parcialmente e 3% discordam.
A próxima questão queria saber se o professor se sentia habilitado(a) em desenvolver projetos de empreendedorismo com os alunos na escola, conforme Figura 6.
Figura 6. Professor se sente habilitado(a) em levar projetos de empreendedorismo na escola com seus alunos?
A pesquisa nos mostra que 90% dos professores participantes do curso de Empreendedorismo sentem-se totalmente habilitados para desenvolver projetos voltados ao empreendedorismo, 7% parcialmente habilitados e 3% não se consideram aptos a desenvolver tal projeto. Para Christian Henrique, Kindl da Cunha (2008) já existe o reconhecimento nos dias de hoje de que o ensino de empreendedorismo é uma inovação educacional importante que estimula um processo de aprender sobre aprender. Assim, os professores precisam participar da educação continuada e de eventos que possam trazer ideias inovadoras, para o trabalho com o referido tema.
A outra pergunta da pesquisa tinha por objetivo saber que visão os professores tinham quanto aos alunos serem capazes de entender os passos a seguir, conforme o que lhes foi ensinado, conforme Figura 7.
Figura 7. Os alunos são capazes de entender os passos a seguir conforme o que lhes foi ensinado?
Observa-se que, segundo os professores, a maioria dos alunos 85% são capazes de entender os passos do processo de ensino do empreendedorismo, sendo competentes de levar as ideias a níveis de construção de carreira, porém isso não quer dizer que o façam.
Outra pergunta da pesquisa tinha por objetivo saber se os alunos manifestam o desejo de planejar e se comprometer com a realização de novos empreendimentos, após o curso, conforme Figura 8.
Figura 8. Os alunos manifestam o desejo de planejar e se comprometer para a realização de novos empreendimentos após curso?
O curso de Empreendedorismo pode ser visto em um primeiro momento como estímulo para motivar alunos a desenvolverem seus próprios projetos, dessa forma 78% desses alunos manifestaram desejo de planejar e realizar novos empreendimentos, 13% provavelmente planejaram novos empreendimentos e os 9% restantes provavelmente nunca venham a se envolver em projetos empreendedores.
A próxima pergunta da pesquisa desejava saber se os alunos apresentaram comportamentos empreendedores, após a realização do curso, conforme Figura 9.
Figura 9. Os alunos apresentam comportamentos empreendedores após o curso
O curso de Empreendedorismo tem a finalidade de desenvolver comportamentos específicos nos participantes, e, após o término foi possível observar que 84% dos alunos definitivamente apresentam tal comportamento, 8% provavelmente apresentaram os comportamentos exigidos e 9% são neutros ao curso. Na visão do SEBRAE, empreender vai além de instalar o próprio negócio, mas significa criar, ser proativo, e liderar. O brasileiro é um empreendedor nato, só precisa de oportunidades para criar suas próprias alternativas.
A questão seguinte desejava saber, segundo a visão dos professores, se os alunos apresentavam expectativas de serem futuros empreendedores, conforme Figura 10.
Figura 10. Os alunos apresentam expectativas de serem futuros empreendedores
Muitos alunos, 81%, apresentam expectativas de serem futuros empreendedores, 11% têm expectativa parcial, e 8% não têm nenhuma expectativa, portanto, segundo Greatti, Senhorini (2000) é fundamental que o indivíduo trabalhe, buscando inovar e criar novos caminhos para realizar as tarefas do dia-a-dia.
Mais uma importante questão levantada foi se os alunos seguem, desenvolvendo a cultura empreendedora no ambiente escolar, conforme Figura 11.
Figura 11. Os alunos seguem desenvolvendo a cultura empreendedora no ambiente escolar
Após 6 meses da implantação do curso, os professores informam que um percentual de 76% dos alunos segue, desenvolvendo a cultura empreendedora, o que confirma o impacto positivo nas vidas destes jovens que, de alguma forma, estão demonstrando o espírito empreendedor.
A questão final da pesquisa, tinha por objetivo conhecer o nível de satisfação do professor, com o curso Jovens Empreendedores Primeiros-Passos, conforme Figura 12.
Figura 12. Qual seu nível de satisfação com o curso JEPP
Os participantes do curso mostraram-se satisfeitos em um total de 92% o que nos permite refletir que as habilidades exigidas para o desenvolvimento do empreendedorismo estão sendo utilizadas por esses participantes no sentido do seu desenvolvimento pessoal e profissionalmente melhorando seu aprendizado e qualidade de vida. Muitos professores manifestaram por meio de conversas informais sua plena satisfação com o curso, e também, tinha servido pela despertar o desejo de empreender.
Algumas cidades participantes do curso, são bem pequenas, como é o caso de Primavera de Rondônia, Novo Horizonte do Oeste, Candeias do Jamari e Campo Novo de Rondônia. Não existem muitas oportunidades de emprego em tais cidades, sendo que os professores precisam recorrer a mais de um contrato de trabalho para terem um ganho compatível com as necessidades. O estímulo ao empreendedorismo pode despertar em alguns a possibilidade de um ganho extra por meio de trabalhos informais, tais como confecção de bolos, doces, salgados, desenvolvendo nos mesmos o espírito empreendedor.
Discussão e considerações finais
Por meio do presente estudo, é possível afirmar que há um avanço na questão da implantação da cultura empreendedora nas escolas municipais que participaram do projeto Jovens Empreendedores Primeiros Passos.
Com base nos gráficos, foi possível perceber que os professores dos anos iniciais (1º. ao 4º. ano) ainda apresentam alguma resistência em relação ao projeto. Entretanto, nos anos finais os alunos adquirem um grau de maturidade maior e tomam conhecimento do êxito do projeto nos demais anos e em outras escolas, há um envolvimento maior por parte dos professores.
Outro aspecto interessante está relacionado com a mudança de comportamento por parte dos alunos envolvidos no projeto, sendo que uma grande maioria demonstra o desejo de empreender.
Aspecto notável é a participação dos pais nos projetos, incentivando os filhos e tendo ampla participação nas feiras que são realizadas na culminância do projeto. Muitos pais e mães, começaram a empreender (bolos, doces, artesanatos etc.) a partir das iniciativas trazidas pelos filhos oriundas do projeto JEPP.
Os professores entrevistados, após a realização do projeto, afirmaram que ele atinge seus objetivos, e, até mesmo, os mais céticos acabaram por se comprometer com a realização das atividades, inclusive divulgando o projeto para pais de escolas que não participavam do projeto.
Os alunos envolvidos no projeto demonstraram possuir algumas características empreendedoras, que puderam ser colocadas em prática, por ocasião das feiras em que os produtos eram comercializados. Há interesse por parte do SEBRAE e das Prefeituras Municipais, no sentido de que o projeto seja abrangente, em todas as escolas do município e em todos os municípios do estado.
O projeto passou por um processo avaliativo e adquiriu nova roupagem que começará a ser aplicada no segundo semestre do 2020, tendo um foco muito maior na Educação Empreendedora, não mais focando no Plano de Negócios, mas nos objetivos embasados nos quatro pilares da Educação que são conceitos de fundamento da educação, baseados no Relatório para a UNESCO da Comissão Internacional sobre Educação para o Século XXI, coordenada por Jacques Delors (1998 p. 89-99), que são:
Para o desenvolvimento de futuros trabalhos relacionados com a Educação Empreendedora e Formação de Professores, recomenda-se um aprofundamento sobre os temas: Metodologias Ativas no Ensino Superior, Educação 4.0 e Educação Maker.
A Educação 4.0 leva em consideração a quarta revolução industrial, com a utilização de inteligência artificial, robôs a internet das coisas. Os trabalhos, as investigações e possíveis descobertas são feitas por meio de dispositivos eletrônicos e aplicativos, jogos, vídeos e sistemas que integrados ao projeto pedagógico da instituição leve ao alunado o desenvolvimento de competências, o espírito empreendedor, deixando de lado a transmissão de conteúdo para a construção de um conhecimento com efetivo valor prático.
A Educação Maker, como o próprio nome já diz, baseia-se no conceito de “Faça Você Mesmo”, permitindo que os alunos criem e executem seus próprios projetos. Mais do que nunca, se enquadra nos conceitos de empreendedorismo, já que esse é evidenciado pelo comportamento, pelo fazer, e não apenas pelas teorias adquiridas por meio da transmissão do conhecimento.
Com relação a Metodologias Ativas, destaca-se que com a introdução das tecnologias digitais de informação e comunicação (TDIC) houve alteração significativa na dinâmica nas salas de aula. Não se concebe mais o professor ministrando aulas no modelo analógico, enquanto seus alunos estão no modelo digital. Com a integração das tecnologias digitais nas atividades pedagógicas, pode-se utilizar o blended learning ou ensino híbrido. Nesse modelo, as atividades são divididas entre atividades presenciais em sala de aula e ensino que utilizam recursos online com atividades de ensino à distância.
Algumas formas de aplicação da metodologia são as seguintes:
Outro tipo de metodologia ativa é a sala de aula invertida (flipped classrooom), em que os conteúdos são disponibilizados aos alunos por meio de plataformas virtuais quando eles se preparam para os encontros presenciais. Nos referidos encontros, os alunos são os protagonistas, participando de estudos de casos, discussões em grupos, experiências em laboratórios, e, principalmente, resolução de problemas.
Também se utilizada dentro das metodologias ativas a chamada Peer Instruction que em uma tradução literal, pode ser entendida como Instrução aos Pares. Previamente o professor disponibiliza aos alunos o material de estudo, sendo que eles respondem os questionamentos por meio de uma plataforma digital. O professor analisa quais as questões que apresentam maior grau de dificuldade, sendo as elas trabalhadas em sala de aula presencial, intercaladas com o que se chama de Teste de Conceito, quando novas dificuldades são expostas. Tal método tem como objetivo incentivar o pensamento crítico do aluno, avaliando o aprendizado antes mesmo das atividades do dia serem encerradas.
Outra forma de aprendizagem é Problem Based Learning (Aprendizado Baseado na Resolução de Problemas). O professor apresenta um problema de alta complexidade e os alunos, através de pesquisas profundas, formulam hipóteses, buscam recursos, organizam as etapas até a completa solução do problema apresentado.
Mais uma estratégia bem sucedida é a Gamificação, quando se utiliza os apps (aplicativos para dispositivos móveis), como ferramentas para o desenvolvimento de conteúdos pedagógicos. Os jogos podem ter diversos níveis de dificuldades, com o acúmulo de pontos, destravando novos conteúdos, subindo de fases e ganhando bônus.
Recomenda-se um estudo mais aprofundado sobre os efeitos sociais do projeto, analisando benefícios tangíveis e intangíveis para as famílias envolvidas. Também, recomenda-se um contínuo estudo com os professores envolvidos nos projetos, tanto no ensino médio, como no ensino superior, objetivando-se que os mesmos, a partir dos conceitos de educação empreendedora, possam incentivar seus alunos, ou quiçá, eles próprios tornarem-se empreendedores.
Referências
Christian Henrique, D., Kindl da Cunha, S. (2008). Práticas didático-pedagógicas no ensino de empreendedorismo em cursos de graduação e pós-graduação nacionais e internacionais. RAM-Revista de Administração Mackenzie, 9(5).
Cerqueira L de., D., Santos, P., Leite, E. F., & Fonseca, S. M. M. (2014). Políticas públicas de fomento ao empreendedorismo no Estado de Pernambuco. Desenvolvimento em Questão, 12(28), 144-169.
Delors, J. et ali (1998). Educação – Um tesouro a descobrir. Editora Unesco no Brasil.
Dornelas, J. (2012). Empreendedorismo: transformando ideias em negócios (260 p.).
Drucker, P. F. (2016) Inovação e espírito empreendedor – práticas e princípios. Cegage Learning.
Greatti, L., Senhorini, V.M. (2000). Empreendedorismo-uma visão comportamentalista. Anais do I EGEPE. (pp. 22-34).
Houaiss, A. (2009) Dicionário Eletrônico da Língua Portuguesa. Editora Objetiva.
Lopes, R. M. A. (2010) Educação empreendedora – conceitos, modelos e práticas. Editora Elsevier.
Lopes. R. M. A et al. (2017). Ensino de empreendedorismo no Brasil – Panorama, tendências e melhores práticas. Alta Books Editora.
Martins, Silvana N. Educação empreendedora transformando o ensino superior: diversos olhares de estudantes sobre professores empreendedores. 2010. [Tese, Doutorado em Educação]. Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Mcclelland, d.c. (1968) La sociedad ambiciosa – Factores psicológicos en el desarrollo económico – Tomo II. Ed. Guadarrana.
Moreira Tavares, C.E., Luiz de Moura, G., Nunes Alves, J. (2013). Educação empreendedora e a geração de novos negócios. Observatorio de la Economía Latinoamericana, 188.
Nazareth, C.C. do N., Souza, R.M. de, Leite, L.L., Coqueiro, S.P. (2016). A educação empreendedora: como ferramenta de desenvolvimento humano. Revista Eletrônica de Educação da Faculdade Araguaia, 8, 260-279.
Oliveira, O. A. (2001). História do Desenvolvimento e Colonização do Estado de Rondônia. Dinâmica Editora.
Pereira, F. C. M., Guimarães, E. H. R., & Borges, F. M. S. (2017). Formação empreendedora e atuação profissional: contribuições de escolas SEBRAE– Minas Gerais. Competencias, 10(2), 1-9. https://www.researchgate.net/profile/Eloisa_Guimaraes2/publication/322142159_Formacao_empreendedora_e_atuacao_profissional_contribuicoes_de_escolas_Sebrae_-_MG/links/5ca2b41f92851cf0aea7a52a/Formacao-empreendedora-e-atuacao-profissional-contribuicoes-de-escolas-Sebrae-MG.pdf.
Rocha, A., Silva, M.J., Simões, J. (2012). Intervenções empreendedoras dos estudantes do ensino secundário: o caso do programa de empreendedorismo na escola. Revista Economia Global e Gestão, 17.
Scavassa, A. C., Santos, M. A., & Franco, O. T. F. (2018). Análise do ensino de empreendedorismo nas escolas municipais de ensino fundamental no município de ariquemes, estado de rondônia. Revista GeoPantanal, 13(25), 91-108.
SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio ao Pequeno Negócio (2017). Manual de Gestão do Programa Nacional de Educação Emprendedora. Sebrae.
SEBRAE. Serviço Brasileiro de Apoio ao Pequeno Negócio. (2018). Edital de Educação Empreendedora para o Ensino Fundamental. Palmas.
Silva da, A. R. (2018). Despertando o espírito empreendedor. Revista Caravana, 3(2).
Zunini, P. (2016). Como a sala de aula pode transformar os negócios. https://exame.abril.com.br/pme/educacao-empreendedora-como-a-sala-de-aula-pode-transformar-os-negocios