MLS - EDUCATIONAL RESEARCHwww.mlsjournals.com/ISSN: 2603-5820 |
Cómo citar este artículo:
Danielski, K. et al. (2020). Tecnologias de informação e comunicação para a educação para cidadania global de enfermeiros. MLS Educational Research, 4 (2), 7-21. doi: 10.29314/mlser.v4i2.183
TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO PARA CIDADANIA GLOBAL DE ENFERMEIROS
Kellin Danielski
Serviço de Atenção Domiciliar de Blumenau (Brasil)
danielskikellin@gmail.com · https://orcid.org/0000-0002-1266-7852
Marta Lenise do Prado
Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil)
mailto:marta.lenise@gmail.com · https://orcid.org/0000-0003-3421-3912
Margarete Maria de Lima
Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil)
margarete.lima@ufsc.br · https://orcid.org/0000-0003-2214-3072
Silvana Silveira Kempfer
Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil)
mailto:silvana.kempfer@ufsc.br · https://orcid.org/0000-0003-2950-9049
Marcia Regina Selpa Heinzle
Universidade Regional de Blumenau (Brasil)
selpamarcia@gmail.com · https://orcid.org/0000-0002-2299-8065
Bruna Pedroso Canever
Universidade Federal de Santa Catarina (Brasil)
brunacanever@gmail.com · https://orcid.org/0000-0002-3484-0740
Resumo. Diante de um mundo globalizado, as tecnologias de informação e comunicação estão presentes no cotidiano das pessoas e, portanto, a mídia também pode aparecer no contexto escolar. A UNESCO incentiva uma Educação para a Cidadania global por meio de práticas de ensino e aprendizagem que incluem a alfabetização midiática e informacional. O método é qualitativo, um estudo de caso, cujo objetivo é identificar como a alfabetização midiática está presente em um curso de Graduação em Enfermagem de uma instituição de Ensino Superior privada do sul do país com um referencial teórico crítico, criativo e reflexivo. Foram realizadas entrevistas com diretores, questionários online com alunos e questionários físicos com professores. Os dados foram analisados seguindo o modelo Stake. A partir do corpus foi criada a categoria de tecnologias de informação e comunicação para um ECG de enfermeiras e as subcategorias: Internet como recurso global de aprendizagem; Ambiente virtual como estratégia de gestão da aprendizagem; O ambiente virtual como espaço de colaboração e diálogo entre professores, alunos e coordenação; As redes sociais como recursos no processo de ensino e aprendizagem. Os resultados indicam que a educação precisa criar um ambiente favorável para que a aprendizagem seja presencial ou no ciberespaço, com espaços físicos ou virtuais com estratégias ativas de aprendizagem, ou com o uso de mídias sociais virtuais e / ou outras tecnologias de informação e comunicação. , com professores críticos, criativos, reflexivos e treinados, preparados para ensinar e desenvolver habilidades de mídia e informativa em seus alunos.
Palavras chave: Tecnologia de Informação, Tecnologia Educacional, Educação Superior, Enfermagem, mídias audiovisuais.
Introdução
A Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) tem incentivado uma educação que contribua para a resolução de questões globais a qual denominou de Educação para a Cidadania Global (ECG) e a tomou como meta para o período de 2014 a 2021 (Unesco, 2015). A ECG orienta práticas de ensino e aprendizagem em que o docente utilize recursos de aprendizagem globais dentre elas, a internet; auxilie o estudante a perceber-se no espaço escolar e no mundo; adote abordagens interativas e centradas no estudante em um contexto de sala de aula respeitosa, inclusiva e interativa; incorpore tarefas reais de desempenho; conceba uma avaliação que apoie o aprendizado; ofereça aos estudantes a oportunidade de vivenciar a aprendizagem em diversos contextos; se coloque como exemplo em relação à preocupação com as questões globais (Unesco, 2015).
Na Educação Superior, a produção de conhecimento em saúde e o uso das TICs têm sido cada vez mais utilizados no processo de cuidado ao paciente. As TICs auxiliam em diversos aspectos relacionados à assistência, à gestão e aos sistemas de apoio, favorecendo a mudança comportamental, melhoria no estilo de vida, diminuição do custo do usuário, acesso às informações facilitando a prevenção e promoção da saúde com respaldo do enfermeiro na educação dos pacientes. Assim, o desenvolvimento de habilidades de informática na formação subsidia a prática profissional do enfermeiro, além de contribuir para uma prática baseada em evidências e a incorporação das TICs para a gestão da informação em saúde. Neste sentido, a formação em Enfermagem, especificamente na constituição do enfermeiro gestor dos serviços de saúde, precisa ser revista no que diz respeito ao desenvolvimento de competências midiáticas e informacionais (Jensen, Guedes e Leite, 2016; Batista, Kobayashi e Simonetti, 2017).
As habilidades de informática podem ser denominadas de Alfabetização Midiática e Informacional (AMI) e consideradas como um dos elementos necessários para o exercício da cidadania em sociedades democráticas (Jensen, Guedes e Leite, 2016). “O empoderamento das pessoas por meio da alfabetização midiática e informacional passou a ser, portanto, pré-requisito importante para o acesso equitativo à informação e ao conhecimento, e promoção da mídia livre e plural” (Dudziak, Ferreira e Ferrari, 2017, p. 214).
A palavra media tem origem latina e quer dizer meio, ou mídia, entretanto, com caráter polissêmico relacionada com os meios no processo de comunicação, como imprensa, material de divulgação escrita, internet, aplicativos, vídeos e, também, a comunicação em seu contexto, se constituindo de pessoas, aromas, movimentos, pinturas e equipamentos eletrônicos (Martino e Menezes, 2012).
A alfabetização midiática, traduzida do inglês media literacy, refere-se originalmente ao contato com o alfabeto e à habilidade de escrita. Outras expressões são também utilizadas para a alfabetização midiática, como Midia and Information Literacy – MIL ou Alfabetização Midiática e Informacional – AMI ou, ainda, Competência Informacional e Midiática – CIM, ou Competência em Informação e Mídia. Independente da denominação, percebe-se um contexto social e político cada vez mais influenciado pelas mídias, o que requer mudanças em processos informacionais, comunicacionais e educacionais (Dudziak, Ferreira e Ferrari, 2017, p. 214; Martino e Menezes, 2012).
A competência informacional (literacia) e midiática pode ser entendida como a fusão de seus dois conceitos. No primeiro, está relacionada ao reconhecimento da necessidade da informação, da atualização permanente, identificação da informação adequada para a tomada de decisões, busca de informações nas diferentes mídias, análise e crítica das informações encontradas, bem como da autoria, origem e confiabilidade. Na segunda, está relacionada às formas de acesso, na análise crítica, também na elaboração e na criação de informações nos diferentes meios e ferramentas (Dudziak, 2010).
A convergência entre as duas competências, informacional e midiática, possibilita o empoderamento do sujeito para uma aprendizagem centrada em sua autonomia e sua conscientização acerca da informação. Na Graduação em Enfermagem, ao desenvolver as competências se estará estimulando a leitura e a atualização constante, o que mantém uma integridade ética em que se evita plágios, contribui-se para o pensamento crítico, criativo e reflexivo, integrando saberes informacionais e tecnológicos, possibilitando novos aprendizados e o exercício efetivo da cidadania por meio da apropriação das ferramentas e recursos de comunicação e informação (Dudziak, 2010).
A Unesco considera a alfabetização midiática como prática de ensino e aprendizagem para uma educação cidadã, pois contribui para o empoderamento, a reflexão, a criatividade e a ação dos estudantes para uma sociedade mais justa, tolerante e inclusiva (Unesco, 2015). Também outras organizações internacionais têm demonstrado interesses relacionados à alfabetização midiática e “têm se destacado pelo seu papel social e político, suas inter-relações, permanência e potencial de influência relacionadas a esses temas” (Dudziak, Ferreira e Ferrari, 2017, p. 214).
Portanto, a escola contemporânea focada em questões da modernidade precisa estar atenta às demandas da sociedade, que exigem “novas formas de aprendizagem que estão associadas às tecnologias digitais e a transformações sociais, culturais, econômicas e políticas, provocadas pelo paradigma das TICs”. Por isso, a necessidade de incluir a alfabetização midiática e informacional na educação superior, para que os estudantes desenvolvam competências para ler textos eletrônicos, conhecer linguagens audiovisuais, interpretar as informações disponíveis na internet e discriminar conhecimentos científicos de conhecimentos populares (Gusmão, 2016, p. 131).
O uso das TICs na educação pode vir ao encontro de uma educação diferente da tradicional, quando utilizada como estratégia de ensino e aprendizagem ativa e configuradora de uma educação problematizadora, na qual se busca a reflexão, a crítica e a criatividade. A formação em Enfermagem nesse contexto, com o uso das TICs, torna-se um desafio para os professores. Para um ensino crítico, a IES precisa compor, em seu colegiado, professores críticos, criativos e reflexivos que consigam estimular nos estudantes essas características no processo de ensino e aprendizagem.
Na Enfermagem, tem-se um movimento de reflexão na prática acadêmica e profissional, na qual se intenciona a ruptura de obstáculos epistemológicos que reduzem a prática a um fazer técnico, dissociado de uma prática científica e humana –pressupondo-se uma dialeticidade no processo de cuidado e de ensino, entre o conhecimento e a ação do enfermeiro ou docente (Lopes, Silva e Nóbrega-Therrien, 2015). Todavia, as publicações na área da Enfermagem e na educação superior relativas ao uso de tecnologias na educação numa concepção problematizadora são escassas.
Assim, o objetivo do presente estudo foi identificar como a alfabetização midiática está presente em um curso de Graduação em Enfermagem de uma IES privada no sul do país com referencial teórico crítico, criativo e reflexivo.
Method
Trata-se de uma pesquisa qualitativa, do tipo estudo de caso intrínseco (Stake, 2012) desenvolvido em um curso de Graduação em Enfermagem de uma IES privada do sul do Brasil. A coleta de dados foi realizada no período de abril a maio de 2017 em que participaram do estudo docentes e estudantes da IES. Para a coleta de dados foram elaborados dois instrumentos, sendo um para os professores e outro para os estudantes. O instrumento para os estudantes abordou questões como relacionadas à comunicação entre estudantes e professores (nas aulas presenciais, por telefone, por aplicativos de bate papo como WhatsApp, Messenger, Skype ou outros, e-mail, mídias sociais como Linkedin, Facebook ou outro); e, relacionada ao uso da internet e do ambiente virtual no processo de ensino e aprendizagem (como elas faziam parte da vida acadêmica). O instrumento para os professores incluía a mesma questão relacionada à comunicação, além de terem questões abertas para descreverem como utilizavam a internet, o ambiente virtual e as mídias sociais no processo de ensino aprendizagem.
Os docentes foram convidados a participar da pesquisa em uma reunião de Colegiado do Curso. O questionário foi enviado aos docentes por e-mail e/ou entregue impresso. Para os estudantes, a pesquisadora fez o convite em sala de aula, explicando os objetivos, o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) e que receberiam um convite por e-mail para o preenchimento de formulário via Google Forms. Também foi orientado que teriam o tempo de 04 semanas para respondê-lo.
De um total de 21 professores, 13 (61,9%) responderam por e-mail ou fisicamente; e de um total de 192 estudantes, 71 (36,97%) responderam ao questionário online. Os estudantes foram identificados com a letra E, seguido de número; e os docentes com a letra D, também seguido de número.
Também foi realizada análise documental: Projeto Pedagógico do Curso, Plano de Desenvolvimento Institucional, Regimento e Atas da IES. Para isto foi construído um instrumento adaptado do Documento da Unesco (2015) referente as práticas de ensino e aprendizagens necessárias a Educação para a Cidadania Global – ECG.
Os dados dos questionários foram digitados no programa de Microsoft Word e organizados por perguntas e respostas. Para a análise, seguiu-se o preconizado por Stake (2012) para estudos de caso. Após leitura exaustiva do corpus, foram extraídos fragmentos significativos de cada conjunto de dados, agrupados por semelhança e frequência e, posteriormente, criadas a categoria e suas subcategorias. A pesquisa foi aprovada no Comitê Ética de referência CAAE: 63054416.1.0000.0121 e respeitaram-se os princípios da Resolução CNS n° 466 de 2012.
Resultados
Ao ser investigado o caso, e, diante do corpus da pesquisa, a categoria Tecnologias de Informação e Comunicação para uma ECG de enfermeiros, foi organizada em subcategorias intituladas: (1) Internet como recurso global de aprendizagem; (2) Ambiente Virtual como estratégia de gestão da aprendizagem; (3) Ambiente virtual como espaço colaborativo e de diálogo entre professores, estudantes e coordenação; (4) Mídias sociais como recursos no processo de ensino e aprendizagem. Esta categoria se compõe somente a partir da expressão de estudantes e docente, uma vez que a análise documental evidenciou a inexistência de referências à tecnologias de informação e comunicação nos documentos reguladores do processo formativo da IES, como elemento pedagógico.
Internet como recurso global de aprendizagem
Tanto docente quanto estudantes identificaram a internet como recurso para se fazer pesquisas científicas sobre temas das aulas, acessar bibliotecas virtuais, acessar sites que identificam o plágio, conferir normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), baixar legislações específicas, procurar vídeos, materiais, educativos, imagens e outras mídias, exemplificados pelos seguintes fragmentos:
Os estudantes também identificaram a internet como um recurso para fazerem pesquisas científicas, encontrar artigos para leitura e uso em trabalhos acadêmicos; para esclarecer questionamentos problematizados em espaços de aprendizagem, acessar bibliotecas virtuais, estudos extraclasse, e para o aperfeiçoamento acadêmico, como exemplificadas a seguir:
Dos 71 estudantes que responderam ao questionamento sobre como acontece a comunicação entre professor e estudante, 70 (98,6%) responderam que acontece presencialmente; 59 (83,1%) por e-mail, 39 (54,9%) por aplicativos de bate-papo (WhatsApp, Messenger, Skype), 12 (16,9%) por mídias sociais e 03 (4,2%) por telefone. Já os docentes assinalaram que a comunicação ocorre de modo presencial 13 (100%), e, além disso, 10 (76,9%) utilizam aplicativos de bate-papo (WhatsApp, Messenger, Skype), 08 (61,1%) usam e-mail e 02 (15,3%) assinalaram outro, e escreveram Gioconda (nome do sistema utilizado pela IES), e 01 docente assinalou telefone (7,6%).
Pelos dados apresentados percebe-se que o modo presencial, ainda, é o predominante, bem como o uso de outras formas de comunicação com o estudante, seja essa por aplicativos, e-mail, ou mídias sociais.
Ambiente Virtual como estratégia de gestão da aprendizagem
Identificamos a importância de um ambiente virtual que auxilie nas demandas acadêmicas, para que estudantes tenham acesso ao material da aula, realize pesquisas e cursos online disponíveis, tenham um canal de comunicação com a biblioteca, outros estudantes, professores, tenham acesso a documentos acadêmicos, como histórico, disciplinas cursadas, notas, desempenho e situação financeira.
Os docentes relataram que o ambiente virtual de aprendizagem é o local para se atender as demandas da IES, como o lançamento de notas, presenças, aulas estruturadas, postar materiais de apoio, o plano de ensino e atividades domiciliares para os estudantes.
Dessa forma, os docentes, utilizam esse recurso como apoio para sua prática pedagógica ao mesmo tempo em que atendem às necessidades da IES, em oferecerem esse recurso tecnológico para auxiliar o processo de ensino – aprendizagem acadêmica. Ambos identificam o ambiente virtual de aprendizagem como uma ferramenta de gestão acadêmica, no sentido de oferecer informações para o acompanhamento do desempenho docente e discente.
Docentes e estudantes afirmaram que o ambiente virtual de aprendizagem se constitui em uma ferramenta institucional, e, que é alimentada por docentes para o cumprimento das normas exigidas pela IES. Nesse sentido, o uso do ambiente virtual configura-se num recurso de suporte acadêmico (situação financeira, desempenho e frequência) para o processo de ensino aprendizagem. Entretanto, ambientes virtuais poderiam ultrapassar a finalidade conteudista – modelo tradicional de aula, e ser transformado em um espaço de aprendizagem significativa, em que os momentos presenciais fossem de problematização e os momentos virtuais de fonte de informação e mediação para o conhecimento.
Ambiente virtual como espaço colaborativo e de diálogo entre professores, estudantes e coordenação
O ambiente virtual para os docentes tem como finalidade a comunicação e a continuidade da aula, um espaço para o compartilhamento de atividades, recebimento e envio de correções, projetos, tarefas e resolução de dúvidas dos estudantes.
Para os estudantes, o ambiente virtual tem como finalidade a troca de informações com colegas, possibilita o contato com a coordenação, professores e estudantes, possibilita a troca de e-mail.
Mídias sociais como recurso no processo de ensino e aprendizagem
Docentes afirmaram que utilizam o Facebook para comentar em sala de aula, ou a utilizam como apoio, ou quando necessário, ou ainda, para ampliar o conhecimento:
Todavia, a utilização das mídias sociais se constituem em uma preocupação para os docentes no que se refere ao seu uso consciente e ético. Eles destacam a preocupação com o uso adequado das redes sociais:
Discussão
Estamos na era das tecnologias digitais e de um mundo globalizado, com a necessidade de uma comunicação rápida e eficiente, como por exemplo, o uso das tecnologias móveis que permitem a troca de mensagens, áudio, vídeo e documentos de forma instantânea (Bottentuit Junior, Albuquerque e Coutinho, 2016, p. 68).
Diante de um mundo midiatizado, a alfabetização midiática na educação superior torna-se importante, e, especialmente na enfermagem, quando estimulada pelo professor proporciona a reflexão e a ação sobre a sociedade, seus hábitos, costumes, moral, e estimula o pensamento crítico e criativo para a transformação do espaço social, que é influenciado pelas mídias e práticas cotidianas.
Na sala de aula as relações são mediadas por diferentes tipos de mídias, como podemos observar nos dados desse estudo, que podem favorecer o processo de comunicação, a interação, a inclusão e promover na enfermagem o desenvolvimento de uma reflexão crítica sobre a sociedade, compreendendo-a sob a percepção de diferentes olhares, e, podendo assim transformá-la, a partir das relações elaboradas (Martino e Menezes, 2012).
A alfabetização midiática pode assegurar a cidadania, o sentimento de participação e pertencimento com a apropriação crítica das mídias e da informação. “O objetivo explícito é promover uma educação consciente criativa por meio do uso extensivo dos meios de comunicação. As novas gerações, os jovens, devem ser preparadas para essa nova realidade” (Dudziak, Ferreira e Ferrari, 2017).
Muito embora as idades entre docentes e estudantes sejam diferentes, percebe-se que as tecnologias estão presentes no processo de ensino e aprendizagem, de forma que ambos citaram aplicativos, e outras formas de comunicação tecnológica. O que desmistifica que os professores sejam “alheios ao desenvolvimento tecnológico e informacional e que expressam uma tecnofobia exacerbada”, como também afirma o autor em sua tese, que há a inclusão desses e a disponibilidade para o uso das TICs no processo de ensino aprendizagem (Soares, 2016, p. 262).
Pesquisa de Costa et al (2011) traz como resultados que 100% dos alunos investigados utilizam a internet e tem e-mail, 92% fazem uso diariamente, 85% em sua residência, e 21% na universidade.
Já a pesquisa de Modelski; Giraffa e Casartelli (2019) aponta que professores conhecem e usam as tecnologias, no entanto, apresentam restrição a elas no que diz respeito a práxis pedagógica, ou seja, efetivamente utilizar a tecnologia em sala de aula.
Nesse estudo, a primeira sub-categoria: Internet como recurso global de aprendizagem evidenciou esse recurso como utilizado por docentes e estudantes, além do uso de outras formas de comunicação, tais como aplicativos como WhatsApp e Facebook, os quais foram relatados pela metade dos participantes.
As mídias sociais podem ser entendidas como um conjunto de meios de informações, dentre as quais está a internet, que constitui uma complexa comunidade virtual de relacionamentos pessoais, governamentais e organizacionais, e, relacionadas à vida social. Por ser mais comumente utilizada para o entretenimento e lazer é pouco difundida nos ambientes acadêmicos para fins pedagógicos (Oliveira et al, 2017, p. 56).
Os aplicativos de comunicação via celular, para além da comunicação, podem ser utilizados com um propósito pedagógico, como por exemplo, estimular a discussão acerca de uma temática orientada por um professor em um grupo no WhatsApp, com a finalidade de desenvolver o raciocínio, crítica e reflexão discente. O estudo de revisão feito por Bottentuit Junior; Albuquerque e Coutinho (2016) considera que a ferramenta de WhatsApp tem sido utilizada num contexto educativo como cursos, discussão de temas específicos para complementar disciplinas lecionadas, como estratégia para a resolução de casos, estudos, tarefas, problemas e também a resolução de dúvidas acadêmicas.
Soares (2016) investigou como as TIC´s têm sido utilizadas na educação, e, concluiu que “os estudantes têm bastante facilidade em interagir com a tecnologia, mas essa facilidade não ultrapassa o seu uso no contexto comunicacional e de entretenimento”.Os professores podem se sentir com a perda de autoridade em sala de aula quando não dominam algum tipo de TIC´s. Todavia não é o domínio da TIC pelo professor que reforça ou não a sua autoridade (p. 262).
Dessa forma, as TIC´s podem ser utilizadas para além da finalidade de comunicação, e, constituir-se num importante recurso pedagógico, numa estratégia de ensino aprendizagem que extrapola o ambiente formal da escola e se alia ao perfil de estudante que está habituado com as tecnologias. Vai depender do quão preparado estará o professor para utilizar as TIC´s como estratégias estimulando os estudantes para os objetivos pedagógicos.
O ciberespaço pode ser considerado uma potencialidade para o ensino, pois, a complexidade da sociedade traz uma demanda tecnológica exigida das Instituições de Ensino Superior. Ambientes virtuais de aprendizagem são espaços para demandas institucionais formais, entretanto, podem contar com espaços colaborativos e de interação com a comunidade acadêmica. “A cooperação entre os vários espaços e processos de educação pode ser importante para ultrapassar os obstáculos ao acesso, à permanência, ao sucesso escolar e para melhorar a aprendizagem” (Silva, 2015, p. 15).
Em espaços colaborativos, o estudante se apropria de construções ready made, ao mesmo tempo em que desenvolve seus saberes de convivência, permitindo-se ser membro de um grupo, com saberes diferentes, e estabelecer novas relações e significados. Quando nessa proposta, estudantes e docentes, desenvolvem a cooperação, colaboração, autonomia e o espírito criativo (Silva, 2015).
A segunda e a terceira subcategorias: Ambiente Virtual como estratégia de gestão da aprendizagem; e Ambiente virtual como espaço colaborativo e de diálogo entre professores, estudantes e coordenação demonstraram o uso do ambiente virtual de aprendizagem tanto pelos docentes quanto pelos estudantes.
No ambiente virtual de aprendizagem, a comunidade acadêmica e docente podem ter acesso a diferentes recursos. Cursos online são uma estratégia para escolas contemporâneas superarem modelos tradicionais de ensino. A “aprendizagem centrada na sala de aula passa a ser desafiada pela aprendizagem móvel, na qual o uso de diferentes TICs permite o aprendizado a qualquer momento”. Os cursos online permitem que a educação superior leve conhecimento de forma gratuita e massiva a um grande número de pessoas (Gusmão, 2016, p. 131). Além de cursos online, os estudantes podem ter acesso às aulas planejadas pelos docentes, buscarem materiais de apoio, artigos científicos e acesso a bibliotecas virtuais. (Calil Junior, 2017, p. 150).
O Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) tem origem no Moodle (Modular Object – Oriented Dynamic Learning Environment), a princípio criado por Martin Dougiamas, cientista e educador da computação. O Moodle ou AVA foram utilizados em plataformas de educação à distância no ensino de pós-graduação, e, posteriormente, na graduação. Suas configurações são programadas de acordo com sua finalidade pedagógica, e, pode conter diversas ferramentas e recursos educacionais para auxiliarem no processo de ensino aprendizagem (Santos et al, 2016; Silva Junior, Lima e Bezerra, 2014).
A interface do Moodle/AVA contribui para a interação do usuário e pode permitir sua participação por meio das ferramentas como fórum, wiki ou chat. Para utilizar ativamente esses recursos, torna-se necessário se ter professores com formação técnica e pedagógica para planejarem, organizarem e empregarem o Moodle/AVA em sua prática pedagógica, e não somente como um espaço virtual para depósito de conteúdos e informações Santos et al, 2016; Silva Junior, Lima e Bezerra, 2014).
Uma vez que o Moodle/AVA contenham atividades, estratégias de ensino e práticas de ensino mais dinâmicas e motivadoras que façam parte do processo de ensino aprendizagem, algumas habilidades podem ser trabalhadas como: ação colaborativa dos participantes, interação entre eles, possibilidade de troca de saberes e experiências, resolução de questionamentos e duvidas pelo professor, possibilidade de comunicação entre professores, estudantes e coordenação. O estudante passa a ter acesso às aulas, fora no espaço escolar, que o possibilita a ter mais um recurso para apoiar seus estudos extraclasse (Santos et al, 2016).
A partir das tarefas postadas no Moodle/AVA, o estudante poderá estudar independentemente da aula presencial, desde que aquele tenha uma certa integração com o meio educacional, e que, estimule a construção do conhecimento, tendo por base conteúdos postados no Moodle/AVA (Silva Junior, Lima e Bezerra, 2014).
A utilização das mídias sociais aparece na quarta sub-categoria intitulada Mídias sociais como recursos no processo de ensino e aprendizagem. Essa subcategoria, nos traz a possibilidade de uso das mídias como o Facebook para o uso pedagógico. Esse, enquanto rede social, “fundamenta-se em uma lógica de discussão, de debates e de trocas de opiniões e experiências. Esta funcionalidade pode ser extremamente útil para e educação”, pois pode propiciar o diálogo entre os estudantes (Costa et al., 2016, p. 05).
As mídias sociais, como meios de comunicação, estão inseridas na internet (World Wide Web, WWW, ou web) e compartilham conversas, áudios, imagens, informação, vídeos e podem ser utilizada como recurso no processo de ensino e aprendizagem. Pesquisa feita por Oliveira et al (2017), aponta que “os estudantes fazem uso de diversas categorias de mídias sociais, sendo os sites de redes sociais os mais utilizados seguidos das comunidades de conteúdo, projetos colaborativos, blogs, jogos virtuais e mundos sociais virtuais” (p.64). Embora, os estudantes investigados na pesquisa tivessem pouco conhecimento acerca das mídias sociais, perceberam que essas auxiliam no processo de ensino e aprendizagem, seja para adquirir conhecimentos ou trocar informações como colegas.
De várias mídias sociais como, por exemplo, Wikipedia; Blogs; Book Crossing; Flickr; Youtube; PowerPoint slideshare, Facebook; My Space; Linkedin; Word ofWarcraft; Second Life, uma das mais usadas é o Facebook, pois, com a popularização das tecnologias digitais, os aplicativos se tornaram mais acessíveis, fáceis de usar e com uma interface com o mundo todo. Por isso, está presente também entre os estudantes, de todas as escolaridades (Costa et al., 2016).
A pesquisa de Costa et al. (2016) apresenta uma experiência realizada com acadêmicos de Educação Física em uma universidade no sul do país. A pesquisa constatou que todos os estudantes tinham perfil nessa rede social e 79% a usavam regularmente. A maioria achou a rede social mais fácil do que o ambiente virtual utilizado pela universidade. Entretanto, 96% dos estudantes afirmaram nunca ter usado essa ferramenta como apoio pedagógico. Um dos aspectos que chamou a atenção na pesquisa foi a comunicação estabelecida entre professores e estudantes, com a possibilidade de troca de informações, resolução de dúvidas e questionamentos, compartilhamento de arquivos, fotos e outras mídias postadas por professores e também estudantes. Dessa forma, os estudantes afirmaram que a experiência contribuiu de maneira positiva para seu processo de ensino e aprendizagem de forma diferenciada.
Outra experiência realizada com estudantes do ensino fundamental demonstrou que a criação de um grupo no Facebook contribuiu para a construção de conhecimentos de uma forma inovadora, dinâmica e lúdica. Foi criado um grupo fechado (professores, estudantes, familiares, direção) para postagens de trabalhos realizados em sala de aula por meio de fotos dos estudantes, folders, vídeos, músicas, reportagens que fossem de interesse dos estudantes e relação com as temáticas estudadas. As postagens eram trabalhadas em sala de aula, com a percepção dos estudantes na forma escrita ou oral, individual ou coletiva, comentadas por professores, pais e direção (Fernandes e Bernardi, 2015).
O grupo no Facebook proporcionou a interlocução entre o espaço de sala de aula regular e o virtual, considerada uma ação pedagógica que estreitou as relações entre família e escola. Os estudantes foram constantemente estimulados a participarem para que expusessem suas perspectivas, ideias, percepções; sentindo-se desafiados e motivados para atribuírem significados às atividades desenvolvidas nas mídias sociais, ampliando as possibilidades de aprendizagens e relações construídas. Dessa forma, o Facebook foi transformado em aliado pedagógico, incluindo o estudante e o despertando para as tecnologias presentes na sociedade (Fernandes e Bernardi, 2015).
Utilizar o Facebook ou outras mídias sociais implica uma concepção de educação diferente da tradicional, numa educação inovadora e necessária para o perfil da geração de estudantes que utiliza as mídias sociais muito mais para o entretenimento do que como fonte de informações científicas e agregação de conhecimentos.
O uso do Facebook e Twitter aproximou as pessoas ao mundo virtual. Ao mesmo tempo em que uma mensagem ou post é publicada, as pessoas podem interagir com um “curtir”, “amei”, “seguir”, ou podem acompanhar notícias em tempo real, no seu local, ou no mundo, de forma que as mídias sociais ganharam o status de “ilimitado e democrático” (Coelho e Silva, 2016, p. 01).
Entretanto, o processo de inclusão digital, “que se constitui em um importante fator ético, de cidadania e aprendizagem”, ainda não está concretizado, pois muitas pessoas ainda não possuem o acesso, a habilidade ou a competência informacional para utilizar a web como fonte de informação/tecnologia(Coelho e Silva, 2016, p. 06).
Para usuários, o acesso à internet proporciona a inclusão digital e à Sociedade da Informação, que se constitui num processo fundamental para se assegurar a cidadania e a democratização das informações. Por meio da internet as pessoas podem aperfeiçoar suas questões de vida cotidiana como as relacionadas à educação, trabalho e crescimento econômico (Coelho e Silva, 2016, p. 06).
As redes sociais estão presentes em vários espaços, desde o trabalho, instituições educativas, no lazer e entretenimento, e, dessa maneira, a navegação consciente precisa ser orientada por profissionais que entendam dessa tecnologia, como bibliotecários, ou professores (nas Instituições de Ensino Superior, por exemplo). A habilidade de refinar informações empoderará o usuário para uma competência informacional, na qual poderá avaliar a qualidade e a cientificidade das informações buscadas na internet (Coelho e Silva, 2016).
A avaliação crítica das informações disponíveis na internet torna-se importante para que os usuários dessa fonte de informação saibam distinguir as intencionalidades não mencionadas por trás de cada informação publicada, entender o contexto de produção em que essas informações são criadas e transmitidas. Um dos objetivos da alfabetização midiática é “formar sujeitos com posturas ativas, que saibam identificar problemas éticos, interesses políticos e ideológicos por trás da veiculação dessas informações” (Cerigatto e Casarin, 2017, p. 171). O uso consciente e ético das informações da rede de internet/mídias sociais, foi também destacado pelos docentes neste estudo, quando afirmaram utilizarem as mídias sociais.
Um estudo de revisão integrativa apresentado por Mesquita et al. (2017) traz como conclusões que enfermeiros têm usado de forma bastante sutil o Facebook, Twitter e WhatsApp para pesquisar, ensinar e assistir. O uso desses recursos como ferramenta no processo de ensino e aprendizagem, na Graduação, pode trazer benefícios ao se compartilhar conteúdos acadêmicos de forma rápida, além de promover “um ambiente online para o desenvolvimento de discussões sobre temas variados, partilha de opiniões, de conhecimentos e de experiência clínica” (p.10).
O uso de mídias sociais pode ser útil, portanto, não somente no ensino de Graduação, como também na educação em saúde. É importante os enfermeiros estarem capacitados para o uso das mídias sociais, bem como desenvolverem a habilidade de ensinar como se usam essas tecnologias digitais com objetivos pedagógicos.
Conclusão
A alfabetização midiática, na perspectiva de uma educação para a cidadania globalno curso de Graduação em Enfermagem da IES estudada se mostrou insipiente, sem intenção pedagógica claramente expressa em seus documentos e em sua prática cotidiana. O uso de tecnologias de informação e comunicação aparecem no cotidiano escolar, expressado pelas subcategorias: Internet como recurso global de aprendizagem; Ambiente Virtual como estratégia de gestão da aprendizagem; Ambiente virtual como espaço colaborativo e de diálogo entre professores, alunos e coordenação; Mídias sociais como recursos no processo de ensino e aprendizagem, sem contudo demostrarem um articulação clara com o projeto pedagógico da IES.
Considerando que uma comunidade acadêmica de uma IES seja constituída por jovens e também público em geral, a alfabetização midiática poderia estar inserida nos currículos escolares. Jovens e adultos, com competências midiáticas e informacionais desenvolvidas, sentem-se mais incluídos, socialmente ativos e, consequentemente, cidadãos globais.
O desenvolvimento de competências midiáticas e informacionais é promovido pela mediação do processo pedagógico entre estudantes e docentes, de modo pedagogicamente articulado. Nesse sentido, não foram encontradas evidências no caso estudado acerca da competências midiáticas e informacionais nos documentos da IES e/ou falas dos participantes que apontassem a interação das mídias no processo de ensino e aprendizagem. Têm-se os recursos, são usados por força do contexto, mas não há preocupação no desenvolvimento das competências, a partir de uma intencionalidade pedagógica.
Todavia, percebemos uma preocupação para o uso consciente e ético das mídias sociais pelos estudantes da Enfermagem. Os docentes, nessa pesquisa, afirmaram usar exemplos do Facebook relacionados às suas temáticas de estudo, ou orientarem seu uso de forma adequada, já que as mídias sociais são extensões curriculares de cada estudante e são, também, avaliados por empresas e serviços para um futuro profissional.
Dessa forma, a escola contemporânea está num período de transição entre a modernidade e pós-modernidade, em que precisa substituir a pedagogia tradicional por uma pedagogia midiática e transformadora. A educação superior em Enfermagem, nesse contexto, precisa criar um ambiente favorável para o aprendizado, presencialmente e no ciberespaço, em espaços físicos e virtuais, com estratégias ativas de aprendizagens, com o uso de mídias sociais e/ou outras TICs. Para isso, os docentes precisam estar capacitados, serem críticos, criativos, reflexivos, para ensinarem e desenvolverem competências midiáticas e informacionais de modo a contribuir para a educação para cidadania global de enfermeiros.
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